BENAVILA

Igreja de São Sebastião

Em 1570 os moradores de Benavila exigiram a construção de uma igreja. Esta igreja, instalada num templo cuja fundação datará da transição entre os séculos XVI e XVII, sofreu significativas modificações decorativas no século XVIII. De nave única, a Igreja Paroquial de Benavila tem por orago São Sebastião e caracteriza-se pela sua simplicidade e pela sua fachada. Da fachada, destaca-se o portal de vergas retas em cantaria e a cartela central com a representação da Cruz da Ordem de Avis. No interior, na base dos altares, a Cruz da Ordem de Avis está também representada.

Fonte: Município de Avis

Fundação Abreu Callado

A Fundação Abreu Callado foi fundada em 1948, por Cosme de Campos Callado, filho de Francisco Abreu Callado e Maria Madalena Godinho. A união das famílias Abreu Callado e Godinho, permitiu ao patriarca a obtenção de um estatuto de membro da elite fundiária da região.  Com a morte dos pais e dos irmãos, Rosa Magdalena Godinho de Abreu e José Godinho de Abreu, Cosme de Campo Callado, sem descendentes e solteiro, assume os bens da família. Um ano antes de falecer, em 1947 determina em testamento que os bens da família deveriam constituir uma Fundação, com o objetivo de perpetuar a casa agrícola criada por seu pai, Francisco de Abreu Callado, e que fosse garantida qualidade de vida aos seus criados, a educação dos filhos destes e dos trabalhadores rurais.

Atualmente, a Fundação Abreu Callado é uma fundação de direito privado que, para além das atividades agrícolas e pecuárias, presta apoio social à terceira idade, nomeadamente no Centro de Convívio e Apoio Social Eng.º João Antunes Tropa, desde 1990.

O Enoturismo assume um papel preponderante na atividade da Fundação, associado à elevada qualidade dos vinhos produzidos, maioritariamente com as castas brancas Arinto, Tamarez e Roupeiro e as tintas Trincadeira, Aragonez, Castelão, Alicante Bouschet e Touriga Nacional.

Os visitantes poderão usufruir de programas que aliam a gastronomia, os vinhos e a cultura, como sejam visitar as vinha e a adega, o espaço museológico, a antiga Casa da Matança, o Lagar de Capachos, as Salas de Estágio de Vinhos; efetuar degustação de vinhos ou almoços de grupos, mediante agendamento prévio.

Capela de Nossa Senhora d’Entre Águas

Edificado na confluência da ribeira de Seda e da ribeira de Sarrazola, este templo data do século XV e foi sofrendo alterações ao longo dos séculos. No local da igreja terá existido um templo romano do ano 370 d.C. A ocupação romana é atestada pela presença de estruturas romanas integradas no edifício e pela lápide romana embutida nas traseiras do templo. A lápide está classificada como Monumento Nacional desde 1910.
Em 2019 foram feitas obras de conservação e valorização da capela e foi descoberto um conjunto de pinturas tardio-medievais. Estas pinturas são de valor incalculável devido à sua extensão, ao contexto cronológico da obra, à qualidade de execução e ao estado de conservação.
Num documento de 1758 escrito pelo Prior da Matriz de Benavila, Frei Amaro Coelho da Gama e Casco, constata-se que a imagem de Nossa Senhora de Entre Águas era milagrosa e que por essa razão, muitos peregrinos ali se deslocavam. O alpendre da capela evidencia este carácter de peregrinação. Nesta ermida existiu em tempos um hospital para curar os pobres, gerido pela Irmandade de Nossa Senhora de Entre Águas.

Fonte: Município de Avis

Monumento epigráfico de Entre Águas

Classificado como Monumento Nacional desde 1910, esta lápide encontra-se embutida no alçado tardoz da Capela de Nossa Senhora de Entre Águas.

A Placa, de cariz funerário, foi elaborada sobre um suporte de granito de grão fino e apresenta uma forma retangular. Evidencia uma face trabalhada, sobre a qual assenta o campo epigráfico, e destina-se, pela sua tipologia, a ser incluída numa estrutura ou edifício de cariz religioso/funerário.

O campo epigráfico encontra-se delimitado por uma moldura e ostenta a superfície rebaixada. O texto apresenta um alinhamento simultâneo, ocupando a metade inferior do campo, sugerindo que este monumento se destinava a ser colocado no alto. Na transcrição da epígrafe é possível ler:

“Lobesa, filha de Lovesius, de cinquenta anos, está aqui sepultada. Que a terra te seja leve.”

Fonte: Município de Avis


VALONGO

Igreja de São Saturnino e Aroeira

Este templo remete para um culto pré-cristão, recuperado no período medieval. De nave única, a igreja tem uma pequena sacristia e uma capela batismal e a capela-mor é decorada com uma pintura mural do século XVII que representa os Santos Evangelistas. Destacam-se ainda as imagens de São Brás e de Santo António. No exterior, existe um cruzeiro do século XVIII e uma Aroeira de grande porte, com mais de 600 anos. Esta árvore é um exemplar único no mundo: tem cerca de sete metros de altura e cinco metros de perímetro no tronco. Está classificada como árvore de interesse público desde 1995. Este local tem um grande significado para as gentes da região. Nos períodos de seca extrema, o povo reunia-se em torno da velhinha aroeira para que S. Saturnino, o padroeiro da localidade, intercedesse para que a chuva caísse e salvasse as colheitas. Segundo os habitantes locais, nos anos de seca extrema, a população confecionava as papas de S. Saturnino na sombra da aroeira. Os ingredientes das papas (farinha, banha, mel, açúcar e água) eram fornecidos, segundo a tradição, por sete mulheres virgens com o nome de Maria. A estátua do santo era colocada de costas para a porta do templo e as papas eram servidas às crianças. Dizem os populares, que mal as papas eram comidas o céu começava a escurecer e caía a tão esperada chuva.

Fonte: Município de Avis

Freixo

Classificado como árvore de interesse público desde 1995, este freixo situado na Fonte do Vale é uma das duas árvores classificadas em Valongo. O freixo é uma árvore folhosa muito comum nas margens das ribeiras e pode atingir os 40 metros de altura. As suas folhas possuem propriedades diuréticas e anti-reumáticas. A Fonte do Vale possui uma bica, dois tanques e um paredão rematado superiormente com um friso trabalhado e dois pináculos. Esta fonte serviu para o abastecimento de água às populações locais.

Fonte: Município de Avis